quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Pedro Santos Guerreiro: Jesus é um excelente treinador mas que não ganha competições

 

A primeira meia hora do jogo do Benfica ontem em Paris foi sufocante. A equipa de Jorge Jesus foi banalizada como se em vez dela estivesse no Parque dos Príncipes um clube com as possibilidades financeiras de um Belenenses. E daí, o melhor é mudar a comparação, o Belenenses empatou na Luz...

Chegará o tempo em que a permanência de Jorge Jesus à frente da equipa de futebol do Benfica será mais do que conversa de bancada. Jesus é (mesmo) excelente treinador mas não ganha competições - e não pode queixar-se de falta de apoio, de tolerância e até de dinheiro. 

Ainda este ano teve tudo o que quis e quem quis, Luís Filipe Vieira passou os cheques. A verdade é que ao péssimo final da época passada se seguiu um arranque titubeante. Ontem, frente ao PSG, foi meia hora a tremer como varas verdes. E desta vez não foi o árbitro.

A Liga dos Campeões não é uma competição qualquer. Do ponto de vista financeiro é a que mais interessa em todo o ano. Ganhar ou perder jogos pode ser a diferença entre um ano de luxo e um ano de lixo. 

E de uma equipa que tinha a ambição como a que Jorge Jesus tinha para o Benfica não se espera desistência, exige-se resistência. Ontem foi um banho de bola. A segunda parte foi melhor, mas o PSG já tinha tirado o pé do acelerador.

O Benfica tem um grande treinador que não ganha e um punhado de grandes jogadores que somam um belo plantel mas não têm feito uma equipa. Esta temporada, o Porto está coeso como sempre, o Sporting está entusiasmante como nunca e o clube da Luz parece amaldiçoado pela falta de chama. 

A situação não é de hoje, mas é problemática. Talvez seja uma "questão psiquiátrica", como analisava ontem à noite Manuel José. Ou seja, falta de motivação, de entrosamento e de espírito ganhador.

- Pedro Guerreiro, jornal Record, 3 de Outubro de 2013

3 comentários:

  1. Mas que é este anormal ou quem este anormal pensa que é?

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  2. "Jorge Jesus é (mesmo) excelente treinador mas não ganha competições" - Aparentemente este é mais um texto critico ao trabalho do Jorge Jesus, mas certamente dos últimos treinadores foi o único capaz de ter um rendimento superior ao F.C. Porto NAQUILO QUE DEPENDE OBJETIVAMENTE DE UM TREINADOR.

    Será que algum outro treinador, mesmo os grandes Mourinho ou Guardiola seriam capazes de reverte os 22 pontos que o F.C. Porto acrescentou a mais diretamente com as decisões arbitrais e assim conseguir mais títulos para o Benfica nestes últimos 4 anos?

    Quando somamos todos os pontos "limpos" das decisões arbitrais, ou seja aqueles que foram CONQUISTADOS SEM NENHUMA INFLUÊNCIA DIRETA DE UM ÚLTIMO GOLO DE PENALTI E ANTES DE UMA EXPULSÃO, NOS 120 JOGOS O BENFICA TERIA CONQUISTADO 279 PONTOS E O F.C. PORTO 277 PONTOS DOS 360 POSSÍVEIS.

    Deixo aqui alguns dados estatísticos que deve conhecer para compreender as condições em que se disputa o titulo de modo a conhecerem a principal razão pela qual Jorge Jesus não ganhou mais títulos:

    - Nas condições regulamentares 11 contra 11 e sem o efeito direto de um último golo de penalti o Benfica e o F.C. Porto nos últimos 4 épocas tiveram um rendimento desportivo tão superior aos seus adversários no campeonato português ao ponto de terem conseguido conquistar pelo seu próprio mérito 77% dos pontos em disputa nos 120 jogos, ou seja 279 pontos e 277 pontos respetivamente. Dificilmente algum outro treinador conseguirá alguma vez acumular mais de 84% dos pontos em disputa em 120 jogos sem o efeito de pontos acrescentado diretamente com influência arbitral.

    - Infelizmente para o Jorge Jesus o seu rival beneficiou mais das decisões arbitrais que diretamente deram pontos, de tal forma que acabou acrescentado diretamente com as decisões arbitrais (penalti e expulsões) mais 22 pontos que o Benfica. Como facilmente se compreende os pontos acrescentados com um último golo de penalti e em superioridade numérica dependem diretamente duma decisão arbitral, e claramente o Jorge jesus não consegue ter qualquer influência nesta enorme diferença, dai que não deva ser responsabilizado por ter feito menos 22 pontos com influência arbitral que o seu rival. Essa responsabilidade indiscutivelmente só pode ser imputada a arbitragem, pois é uma diferença demasiado grande entre duas equipas que revelaram competências muito iguais em conquistar pontos independentes da influência arbitral, ou seja, se não houvessem alterações pontuais diretamente dependentes de decisões arbitrais.


    O rendimento das equipas no nosso campeonato é altamente influenciado pelas decisões arbitrais relevantes (Penalti e Expulsões). NESTAS ÚLTIMAS 4 ÉPOCAS OFICIALMENTE O BENFICA ACABOU ACUMULANDO 285 PONTOS, OU SEJA 2,1% DOS SEUS PONTOS GANHOS ESTÃO DIRETAMENTE DEPENDENTES DUMA DECISÃO ARBITRAL ENQUANTO QUE O F.C. PORTO ACABOU ACUMULANDO 305 PONTOS, OU SEJA 9,2% DOS SEUS PONTOS ESTÃO DIRETAMENTE DEPENDENTES DUMA DECISÃO ARBITRAL.

    Podem consultar estes e outros dados estatísticos reveladores no Blog: http://influenciaarbitral.blogspot.pt/

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