sábado, 19 de outubro de 2013

Paulo Gonçalves confirma ter sido ameaçado por Antero Henrique


Paulo Gonçalves e João Gabriel, respetivamente assessor jurídico e diretor de comunicação da SAD do Benfica, foram ouvidos ontem nos Juízos Criminais do Porto no âmbito de um processo por crime de difamação agravada movido por Antero Henrique, diretor-geral da SAD do FC Porto, contra Luís Filipe Vieira, presidente dos encarnados.

Na base da queixa estão declarações proferidas pelo dirigente benfiquista numa entrevista à RTP1, emitida a 17 de julho de 2008, na qual, comentando desenvolvimentos do processo Apito Dourado, equiparou o clima que se vivia no futebol «a um estado siciliano» na sequência de uma alegada ameaça de Antero Henrique a Paulo Gonçalves no final de uma assembleia geral da Liga, em maio de 2008, e terá associado o nome do dirigente dos dragões a dois assaltos realizados à sua residência.

Na sexta-feira, Paulo Gonçalves confirmou perante a juíza a ameaça feita por Antero Henrique.

«Na assembleia geral estava a falar sobre uma questão dos regulamentos da arbitragem e ele, sem permissão, usou da palavra para dizer que esse assunto não era para ser ali tratado, ao que respondi, como provocação, reconheço, que ali era exatamente o local para o fazer e não no Calor da Noite [n.d.r.: casa de alterne no Porto]...», explicou, revelando ao pormenor o que se seguiu: «Estava com o António Oliveira [Estrela da Amadora], Miguel Carvalho [Trofense], Marco Couto [Aves] e no final o Antero Henrique veio na minha direção e pensei que me ia cumprimentar, mas apertou-me a mão, puxou-me e sussurrou-me ao ouvido: ‘Se voltas a falar no Calor da Noite, espero por ti lá fora e levas um estalo. Respondi-lhe, de forma grosseira, ‘Estás maluco Antero? Vai-te mas é f...’ Depois, para evitar problemas, mantive-me mais algum tempo dentro da Liga. Mas quando saí o Antero Henrique estava no seu jipe preto acompanhado de uma pessoa e arrancou ao mesmo tempo que eu. Depois passei no semáforo amarelo e ele ficou no vermelho. Pode ter sido coincidência...»

Este episódio, lembra, foi imediatamente relatado a Luís Filipe Vieira, que deu indicações expressas para que «sempre que me deslocasse ao Porto fosse acompanhado de segurança», garantindo que foi alvo de ameaças através de SMS, cartas anónimas enviadas para a sua residência e inclusive num faxe enviado para o Benfica.

Já João Gabriel negou que na preparação para a entrevista concedida por Luís Filipe Vieira o assunto da ameaça de Antero Henrique tivesse sido aflorado: «O presidente é uma pessoa espontânea e descreveu, perante a insistência da jornalista, o seu estado de alma.»

O julgamento prossegue na próxima sexta-feira, às 14 horas, nos Juízos Criminais do Porto, dia para o qual está previsto o depoimento de Luís Filipe Vieira, presencial ou através de vídeoconferência. Para o dia 8 de novembro, também às 14 horas, serão ouvidas mais três testemunhas arroladas pela defesa do presidente do Benfica. 

-Noticia retirada do site do jornal A Bola

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